Todo efeito tem uma
causa. Tudo neste mundo é instável; estando em constante transformação; nada se
processa por acaso. Todas as manifestações da natureza estão sujeitas à lei de
causa e efeito, pois tudo que existe é efeito de uma causa anterior e todo
passado está contido no presente, determinando-o, do mesmo modo que, o presente
resume o passado e contém em potencial o futuro.
Desta forma, estamos sempre em face de
um processo de transformação e vivemos exatamente no tipo de mundo que criamos
e, consequentemente, que merecemos. Somos o que sentimos, o que pensamos, e o
que fazemos, o dia inteiro.
Nossa mente através dos tempos adquiriu
o hábito de defender e proteger o próprio Ego, criando uma forma de segurança
egoística em todos os setores de nossa vida física, mental, afetiva,
intelectual, social e econômica; segurança essa fundamentada em preceitos,
credos, teorias, sistemas filosóficos ou científicos, etc.. Essa suposta segurança
forjada desta maneira nada significa, como tal, pelo contrário, limitando-o a
condicionamentos que lhe impedem a livre assimilação das transformações em
curso. É imprescindível que nos disponhamos a receber o novo ou desconhecido
sem pretender amolda-lo, ou ajustá-lo aos condicionamentos do passado, ou seja,
é imprescindível que soltemos as rédeas porque além de seres humanos, somos,
sobretudo, seres espirituais e devemos deixar curso livre ao sopro do espírito
que se manifeste onde lhe apraz.
O apego às coisas do passado; às velhas
ideias; as teses preferidas e aos conceitos prediletos (pró-conceitos), revela
uma mente fechada e preconceituosa; condicionada ao tempo e jamais dentro do
tempo. Só quando a pessoa se liberta de toda e qualquer pretensa segurança
egoística, o pensamento poderá ser criador, e chegar a ser livre;
possibilitando-lhe pensar, sentir e agir corretamente.
A pessoa mental e emocionalmente
tranquila observa meditando; não se conflita; percebe o novo; participa da
mudança e pode chegar à sabedoria.
por Nelson Farias
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